True Detective Night Country— Try to come back, OK?
Uma temporada curta e ousada, com toda a voz e olhar femininos que eu esperava e, muita representatividade. De corpos diferentes do padrão, de cores fora do padrão, de crenças e perspectivas fora do padrão. Tudo fora do padrão. O quão maravilhoso é isso? E sobrenatural! E de terror! Com consultoria de Guillermo del Toro para a criação do "Corpsicle" (uma das coisas mais medonhas que já fizeram aparecer na televisão e isso dito por alguém com experiência com coisas tipo "Bride of Re-Animator"), inspirado nos escritos do Inferno de Dante e nas pinturas renascentistas que retratavam corpos em agonia nos círculos infernais. De novo, o quão maravilhoso é isso?
O tanto que eu amei a Lizzie (Jodie Foster), mesmo a personagem sendo problemática, meio "Karen" (mas não é não!), meio vadia, ela é tudo isso e ainda assim, que mulher! E A Navarro (Kali Reis), forte, brava, idealista, louca, triste, perturbada, mágica!
E aquele final? Estou tentando bravamente não dar 'spoilers', mas o final da temporada me pegou de jeito. Eu já suspeitava de uma certa personagem que aparecia aqui e ali em momentos muito específicos, mas realmente não fazia ideia de que seria daquele jeito e daquela proporção, tribal, matriarcal. E eis que as coisas ficam e não ficam indefinidas em relação a umas das nossas detetives e o pedido: "Try to come back, OK?"
E agora eu quero me mudar para o Alasca, ver a Aurora Boreal, vivenciar os 30 dias de noite e ser assombrada, porque "Nobody really leaves".

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