Som e fúria de uma criatura triste

 

O Bardo Shakespeare disse que a vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum. Sim, ela é, só que mais do que isso, é repleta de pessoas cheias de som e de fúria dentro de si, como só seres humanos conseguem ser. Barulho cósmico furioso. E se teve uma coisa que 2023 me deixou foi essa certeza, do som e da fúria arbitrários e, que devo estar preparada seja como for.

O último ano foi desses que a finada rainha da terra do já citado Shakespeare chamava de "annus horribillis". Foi um dos piores anos da minhexistência nessa vida. Eu queria bater um papo com o pessoal responsável pela minha narrativa, porque está que é um misto de "As Escolhas de Sofia" e "Os três Patetas". Mas, algo que aprendi é que tudo, absolutamente tudo, deixa uma lição, uma reflexão. Não é conversa motivacional, que por sinal eu tenho ojeriza, não, è a certeza de uma bruxa cínica. E pude refletir bastante em 2023 sobre coisas que me são queridas, coisas das quais sinto falta. E sentia falta de escrever.

Daí decidi, bem no final do ano passado, voltar a escrever blogs, já que o meu Solilóquios está inacessível. Pois é, eu perdi o aceso ao blog, sim, sou uma gênia.  Escrever sempre fez parte da minha vida, dentro e fora da internet. Eu não sei bem aonde vou com o meu "Clubinho das criaturas tristes", só que foi sempre assim que me senti, uma criaturinha triste com vontade de falar sobre som e fúria. E é isso.

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