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14-15/52

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  Uma das coisas das quais eu mais fico tranquila em relação ao meu karma é que eu não minto ou engano, eu não trapaceio, eu não prejudico ninguém. E já fizeram muito isso comigo. Na verdade, ainda fazem, mas eu continuo do jeito que sou, não faço com outrem e finjo que não estão fazendo comigo na esperança de que de tanto guardar coisa ruim, meu coração exploda ou meu cérebro pare com um aneurisma. Também evito ser perversa e cruel. Eu tenho pensamentos perversos e cruéis o tempo todo, tenho ímpetos violentos, pensamentos intrusivos, mas eu luto contra tudo isso o tempo todo. Quando eu penso em falar perversidades, eu respiro e paro. Quando sinto vontade de arrancar os olhos de alguém da órbita, eu respiro e lembro do meu réu primário. Eu já fiquei sete meses sem o movimento do dedo indicador da mão esquerda justamente porque respirei e pensei, mas a raiva não passou, daí preferi fazer comigo. Essa sou eu.  Uma das pessoas da minha pequena caótica família acha que finjo ser u...

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 Tenho uma ligação muito estranha com o 13, às vezes funciona, às vezes não. Não é bem superstição, é que realmente tenho um histórico meio peculiar com este número. Coisa do destino, meio místico. Mas tenho com outros também, mais especificamente com a sequência 6, 7 e 8.  A semana começou com o meu aniversário e acabou na Páscoa. Apropriado. Próximo a Eostre, a deusa de Ostara. Mas também estou chamando de semana da Medusa. Fiz uns autorretratos meio que pra entender o que eu sou agora que estou mais perto do fim.  “We don't fall in love with people because they're good people. We fall in love with people whose darkness we recognise. You can fall in love with a person for all of the right reasons, but that kind of love can still fall apart. But when you fall in love with a person because your monsters have found a home in them-- that's the kind of love that owns your skin and bones. Love, I am convinced, is found in the darkness. It is the candle in the night.”  ...

12/52

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  "Tired with all these, for restful death I cry,  As to behold desert a beggar born,  And needy nothing trimm'd in jollity,  And purest faith unhappily forsworn"

11/52

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  Estava pensando uns dias atrás nas pessoas da minha vida que tinham obrigação de cuidar de mim, tipo pai, mãe, uns sujeitos aí que, em teoria compartilham DNA comigo e que simplesmente nunca tiveram a menor responsabilidade emocional, da minha infância até os dias de hoje. O tanto que isso afetou a minha psiquê, persona etc.  Eu sou uma fruta bichada, uma mariposa presa em uma teia de aranha. Inapta para a vida. Fadada a se preocupar e cuidar dos outros. Abrir mão, não me permitir, silenciar, ficar invisível, quiçá até sumir, levada por uma das várias assombrações que me acompanham.  Imagem: Dark Water (Japanese: 仄暗い水の底から, Honogurai mizu no soko kara, lit. "From the Depths of Dark Water").

10/52

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  Receita de Bolo Mole ou de Leite tradicional (desde 1900) "All work and no play makes Jack a dull boy."  The Shining Só que no meu caso seria: "All wrong and no play makes Lilibete a crazy witch." No rime! Tudo o que podia dar errado deu. Canos furados, vazamentos, vieux fanrômes, falência dos órgãos múltiplos e do meu espírito. Inferno astral, de verdade.

8 de março

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  Eu estou ouvindo Cardigans (Rise and Shine), ao fundo Bridget Jones em um dia que estou de péssimo humor. Mas vou deixar por aqui o meu trecho favorito do Perto do Coração Selvagem da Clarice Lispector, nem é meu livro favorito da Clarice (esse é o Água Viva), mas o trecho é uma das coisas mais lindas, uterinas, sanguíneas e desesperadoras que já li.  (...) E um dia virá, sim, um dia virá em mim a capacidade tão vermelha e afirmativa quanto clara e suave, um dia o que eu fizer será cegamente seguramente inconscientemente, pisando em mim, na minha verdade, tão integralmente lançada no que fizer que serei incapaz de falar, sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a...

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 Uma semana daquelas, começa com  o final de um mês e termina com o começo de outro. Desenhei, fiz curadoria dos meus desenhos antigos de lua, pratiquei inglês e adoeci. Na verdade, é uma espécie de mal estar generalizado que eu tenho vez ou outra, só que um pouco pior dessa vez.  Mas passa.  01 e 06 curadoria de luas. 07 outro piso bonito.